evento 5° CARTUCHO

Mais uma vez Máucio deixou
Santa Maria cheia de graça

Faz quase duas semanas que a festa aconteceu (foi nos dias 26, 27 e 28/9) mas o quinto Cartucho - Encontro dos Cartunistas Gaúchos - não sai da lembrança. Mais completo a cada edição, é o maior festival de humor do RS (só não compete com salões nacionais porque ainda não é competitivo). Pra começar, parecia um censo demográfico dos engraçadinhos dos pampas: estavam lá Santiago (o homenageado da vez, que não passa ano sem receber homenagem mundo afora) e a caravana de POA, com Bier, Cado, Dóro, Fraga, Hals, Joaquim Fonseca, Kayser, Moa, Rafael Corrêa, Tati, Uberti, mais a dupla de Rio Grande que parece turma, Wagner Passos e Alisson, e a cambadade casa, Máucio (o incansável anfitrião), Byrata, Elias, Jô, Louzada e Reinaldo Pedroso. Com organização impecável, mordomias da hospedagem à bóia e transporte, revista própria, a cidade se enche de atrações nas ruas (cartuns e caricaturas ao vivo no calçadão), palestras sobre arte (do Joaquim da Fonseca), de exposições (a do Santiago e a Cartuns Feito à Bala, na Estação Ferroviária com o tema mais votado, Memória). Resumido assim, o Cartucho parece pequeno, uma injustiça com o brilho do evento. Merece outro parágrafo.

De toda a graça e prazer do tríduo humorístico, vários momentos foram memoráveis. O primeiro, no ambiente acolhedor da casa do Máucio, onde o estômago e o intelecto se refestelam: enquanto um churrasco dá conta do apetite, as galerias nas paredes abastecem o espírito. Nós aqui do Tinta China achamos que a casa, o cardápio e o acervo deviam ser tombados pelo patrimônio riso-histórico. O segundo lotou o Ponto de Cinema, bar que é uma referência cultural: sem querer querendo, o Hals disparou uma brincadeira que contagiou a noite e todas as mesas. Assim nasceu, batizado pelo Fraga, o Dicionariso, já devidamente incorporado pelo Máucio às atividades dos próximos Cartuchos (abaixo, uma seleção, aguarde o blog com mais de 150 gracinhas a partir do A). O terceiro, para meia dúzia de privilegiados, foi a apresentação da cerveja caseira do Kayser, a Mãe Joana: é o primeiro cervejeiro que faz a bebida pra beber e o que sobra ele não vende, reparte com os amigos; não fosse isso, a Ambev teria que se cuidar! De resto, voltamos todos de pança cheia pelos cafés, almoços e jantares, com brindes de disputar a tapa, todos homenageados pelos bons tratos de Santa Maria. Enquanto o VI Cartucho não vem, a gente conclama: canonizem o Máucio!

Fotos e foto-montagem: Hals

Montagem cartuns: Maumau

Álbuns de fotos 5º Cartucho: clique aqui e aqui.