sábado, 14 de julho de 2007
memória PROJETO SANTO DE CASA
Não é de hoje que a Grafar dá
o ar da sua graça graciosamente
1992 foi o ano em que o Edgar Vasques, o Bier, o Rodrigo Rosa e a moçada grafariana da época grafitaram com humor as paredes de um salão de artesanato promovido pela Prefeitura de Porto Alegre. Era o Projeto Santo de Casa e o convite foi da assesora da Secretaria da Indústria e Comércio, a jornalista Inara Claro. A Grafar aceitou e o resto é história. Documentada e preservada pelo incansável sr. secretário, o Eugênio Neves.
*Aos não-identificados na foto arriba: ponham os nomes aí nos comentários que o Tinta China atualiza a legenda.
mestres dos mestres HAL FOSTER
Já não se fazem clássicos nem
discípulos como antigamente
O canadense Harold Hal Foster foi um dos maiores desenhistas da história (em quadrinhos ou não). Claro que estamos falando da capacidade de representar a realidade via desenho, não das inúmeras possibilidades que a pesquisa do grafismo possibilita.
E a decisão de aplicar seu talento aos quadrinhos dependeu menos da sua vontade do que à depressão da economia americana nos anos trinta do século passado. Hal, que mesmo vivendo como ilustrador publicitário, se considerava um artista acima das injunções da indústria (embora já tivesse incursionado com brilho nas HQ, sendo o desenhista fundamental de Tarzan) viu-se na encruzilhada entre aceitar trabalho como quadrinista... e não ter o que comer!
Há males que vêm para bem, e Foster, caracteristicamente, foi com tudo: já que era inevitável, criou uma das séries mais carismáticas da HQ universal, a saga do Príncipe Valente. Nela Foster expõe toda a sua verve madura (já tinha mais de quarenta anos), seu conhecimento completo dos fundamentos do desenho (anatomia, luz & sombra, perspectiva, etc.), seu domínio da pena e do pincel e do uso de retículas de meio tom, além da composição cinematográfica, no que foi pioneiro.
Mas, além do talento e do conhecimento técnico evidentes, Hal Foster só alcançou tal patamar de excelência por causa da dedicação total ao metier: documentava-se exaustivamente a respeito de seus temas (para criar a saga de Valente, transformou-se em especialista do período medieval), e consta que nunca desenhou nenhuma paisagem que não conhecesse pessoalmente (viajava muito e preenchia inúmeros sketchbooks in loco). Esse exercício de observação se aplicava também à paisagem humana, possibilitando uma enorme e acurada galeria de personagens, de todos os tipos e etnias.
Embora tenha sido um mestre da ilustração, Foster tinha total consciência de algo que nós outros, fissurados em desenho, tendemos a esquecer: a importância do argumento e do roteiro como espinha dorsal da narrativa, inclusive nos quadrinhos. E só alcançou o apogeu de sua obra quando pode controlar o texto e o desenho, que ele preferia não misturar visualmente. Nas suas HQs não usava baloons.
Morreu uma semana antes de completar 90 anos, deixando um enorme testamento, manuscrito em bico de pena, numa linha densa e fluente. (Edgar Vasques, especialmente para o Tinta China)
sexta-feira, 13 de julho de 2007
seção inveja FRAGA X ANDRÉ FRANÇOIS
Se é para fazer comparações,
que seja com o incomparável
(Como disse alguém, daria meu braço esquerdo para ser ambidestro. Aí, quem sabe, em plenilúnios de anos bissextos, com sinapses de 220v e o apoio incondicional da mais teimosa das musas, talvez eu pudesse criar não digo assim mas tipo assim. André François (1915-2005), húngaro-romeno, é um cartunista invejável por incontáveis razões, da fineza da arte à agudeza do espírito. A partir da prancheta e do cavalete, influenciou meio mundo num mundo que ainda tinha graça. A coleção de capas da The New Yorker é uma das provas. Para mim, nem foi difícil eleger esta peça em homenagem. É a que mais me dá medo de um pincel em minha mão!)
mídia TINTA CHINA REPERCUTE
Com uma semana de vida,
blog ganha destaque na rede
O mais importante e de maior audiência site de comunicação do Rio Grande do Sul, o Coletiva.net, publicou em 13/7 resenha sobre o Tinta China. Equivale a uma participação de nascimento, de repercussão regional e nacional. A nota resume as origens da criança: filho de dona Grafar e do senhor Humor, teve longa gestação até vir à luz da tela. Cita o parto feito em casa, mostra a cara da criança, fala dos planos do guri, além de referir alguns dos muitos nomes que o ajudam dar os primeiros passinhos eletrônicos. O Coletiva.net alcança as áreas de jornalismo, publicidade, marketing, design, relações públicas e ensino. Quer dizer, é também o batismo do Tinta China na mídia. Gracias, Coletiva!
quinta-feira, 12 de julho de 2007
dr. fraud CANINI
(O retrato mais bem humorado do Pai da Psicanálise surgiu em 74 na extinta revista – “Tudo está extinto! Socorro!”, reage o autor – Patota da editora Arte Nova (RJ). Da Patota, o Dr. Fraud levou seu neurótico divã para a revista Pancada da Editora Abril, que também fechou. Circulou, ainda, em duas revistas de Porto Alegre: Historieta e Suplemento Quadrinhos. Em 1991, o consultório do doutorzinho instalou-se nas 170 páginas do livro da Editora Sagra. Que virou tesouro em sebos. Agora essa deliciosa tira do Canini reaparece, exclusivíssima, para abrilhantar as quinta-feiras do Tinta China. E outras surpresas do mestre virão!)
salões de humor IX PORTO CARTOON
Ronaldo, finalista em Portugal,
espera votos pra rir por último
Como se vê pelo cartum temático e pela colocação conseguida, Ronaldo está com o pé que é um leque. Para melhorar sua performance no salão, a gente tem que fazer par com ele: votar no cartum acima, lá no site do IX Porto Cartoon. A votação ocorre neste link aqui. Para um recordista em prêmios como o Ronaldo, este concurso é apenas mais um baile.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
replay de salão JUSKA
Quando um cartunista acerta
na mosca, até a mosca fica feliz
(Piracicaba, 1978. Como quem não quer nada querendo tudo, Juska cria este cartum psicodélico. Agrada em cheio ao público e atrai o júri: fatura o 2º lugar. Brilhante. E se fosse hoje?)
premiações 19º TROFÉU HQMIX É HOJE
E o oscar das artes gráficas vai
para os melhores de 2006 
Hoje, como acontece à beira de 20 anos, a festa é de quem merece: dos vencedores das 51 categorias do troféu mais prestigioso para quem desenha, produz e edita artes gráficas no Brasil e até no exterior. Tudo que chamou atenção no ano passado foi lembrado, selecionado e votado. São 1.200 membros votantes da ACB (Associação dos Cartunistas do Brasil) e IMAG (Instituto Memorial das Artes Gráficas do Brasil) a incentivar a excelência autoral e a qualidade editorial. Para gáudio gaúcho, outro dos nossos cartunistas é homenageado este ano: o Troféu HQMIX desta edição é o Kactus Kid, personagem de Renato Canini (em 2004 foi o Rango, do Edgar Vasques). As atrações da noite vão do documentário 1º Salão Mackenzie de Humor e Quadrinhos 1973 – Quando Tudo Começou, sessão de autógrafos dos premiadíssimos Angeli e Laerte da Antologia Chiclete com Banana (da Circo Editorial do Toninho Mendes), lançamento e venda de publicações independentes a show da Banda Altas Horas, mais o apresentador oficial Serginho Groisman. Palminhas do Tinta China para todos os agraciados.
19º TROFÉU HQMIX – Lista completa dos premiados:
- Desenhista Nacional: Gabriel Bá e Fábio Moon (Mesa para dois)
- Desenhista Estrangeiro: Milo Manara (El Gaucho, Borgia – Poder e Incesto, O Clic)
- Roteirista Nacional: Lourenço Mutarelli (Caixa de Areia)
- Roteirista Estrangeiro: Kazuo Koike (Lobo Solitário)
- Desenhista Revelação: Fábio Lyra (Mosh!)
- Roteirista Revelação: Daniel Esteves (Front 17)
- Chargista: Angeli
- Caricaturista: Baptistão
- Cartunista: Laerte
- Ilustrador: Orlando
- Ilustrador de Livro Infantil: Daniel Bueno (Histórias de Bicho Feio/Companhia das Letrinhas)
- Revista Infantil: O Menino Maluquinho (Globo)
- Publicação de Clássico: Corto Maltese (A Balada do Mar Salgado/Pixel)
- Publicação de Humor: Níquel Náusea (Tédio no Chiqueiro/Devir)
- Publicação Mix: Front 17 (Via Letera)
- Publicação de Terror: Os Morto-Vivos – Dias Passados (HQ Maniacs)
- Revista de Aventura: Lobo Solitário (Panini)
- Publicação de Tira: Níquel Náusea (Tédio no Chiqueiro/Devir)
- Edição Especial Nacional: 10 Pãezinhos – Mesa Para Dois (Devir)
- Edição Especial Estrangeira: Corto Maltese – Sob o Signo de Capricórnio (Pixel)
- Minissérie: Adolf (Conrad)
- Publicação Sobre Quadrinhos: Mundo dos Super-Heróis (Europa)
- Publicação Independente: 10 Pãezinhos – Um Dia, Uma Noite
- Fanzine: Subterrâneo
- Prozine (Fanzine de Profissionais,Escolas ou Cursos): A Mosca no Copo de Vidro
- Projeto Gráfico: Sandman (Conrad)
- Álbum de Aventuras: 100 Balas – Blues Para um Minuteman (Opera Graphica)
- Álbum Infantil: Turma do Xaxado – Lendas e Mistérios (Independente)
- Publicação de Charges: Antologia do Pasquim Vol 1 (Desiderata)
- Publicação de Cartuns: Antologia do Pasquim Vol 1 (Desiderata)
- Livro Teórico: Tico-Tico 100 ANOS – Centenário da Primeira Revista de Quadrinhos do Brasil (Opera Graphica)
- Tira Nacional: Piratas do Tietê (Striptiras, de Laerte)
- Projeto Editorial: Cidades Ilustradas – Cidades do Ouro (Casa 21)
- Animação: Longa Wood & Stock – Angeli e Otto Guerra
- Exposição: A História do Futebol no Brasil através da Charge – SESC Ipiranga
- Evento: Ilustra Brasil 3 (Sociedade dos Ilustradores do Brasil)
- Salão de Humor: 33º Salão de Humor de Piracicaba
- Adaptação Para Outro Veículo: Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock´n Roll (Longa de Animação)
- Site de Quadrinhos: Mundo Canibal (http://www.mundocanibal.com.br)
- Site Sobre Quadrinhos: Universo HQ (www.universoHQ.com)
- Blog/Flog de Artista Gráfico: Gabriel Bá e Fábio Moon (http://10paezinhos.blog.uol.com.br)
- Site de Autor: Samuel Casal (http://www.samuelcasal.com)
- Jornalista Especializado no Segmento: Sidney Gusman (Universo HQ e Wizard)
- Editora do Ano: Conrad
- Publicação Erótica: Valentina – Guido Crepax/65-66 (Conrad)
- Grande Mestre: Sergio Macedo
- Homenagem: Conceição Cahú (falecida em 2006)
- Grande Contribuição: Passos Perdidos História Desenhada – A presença Judaica em Pernambuco no Século XX de Amaro Braga/Tânia Kaufman
- Doutorado: Gazy Andraus Título: “As Histórias em Quadrinhos como informação imagética integrada ao ensino universitário”
- Mestrado: João Marcos Parreira Mendonça Título: “O ensino da arte e produção de Histórias em Quadrinhos no ensino fundamental”
- TCC (Trabalho de Conclusão de Curso): Daniela de Andrade Santana, Janaina Guimarães Monteiro, Priscila Sodré Portilho da Silva, Vivian Lima Conesa Título: ”H.Q. – A Nona Arte”
ilustração FABIO ZIMBRES
Título: Panamá
Técnica: Nanquim e computadorVeículo: livro Panamá o Las Aventuras de mis Siete Tios de Blaise Cendrars, pela editora Media Vaca
Local: Valencia, Espanhaguardanapoteca ROBERTO SILVA
(Em certos bares e botecos, com cartunistas e desenhistas habituais, gastam-se mais guardanapos com a inspiração do que com a comilança e a beberagem. Em 2006, numa iniciativa do Rafael Correia e a Fabiana Mendonça, da Catarse, os grafarianos fizeram uma mini-exposição de humor de guardanapo no Vermelho 26, barzinho na rua Antão de Faria. Não sobrou parede: duas dezenas de autores, várias dezenas de peças. Agora, lá do Nordeste, o nosso multitalentoso Roberto Silva (desenhista, designer, cartunista, ilustrador, fotógrafo, repentista) inaugura esta nova seção das quarta-feiras aqui no Tinta China. O título, maravilhoso, é dele.)
Título: Homem no banheiro
Técnica: Caneta, dedo e photoshopVeículo: Acervo pessoal
Local: João Pessoa, PBterça-feira, 10 de julho de 2007
rango EDGAR VASQUES
(Nunca um faminto resistiu tanto. A trajetória do Rango, o mais miserável personagem da HQ nacional (e talvez do mundo), passa dos 35 anos. O Rango já jejuou nas páginas dos extintos Folha da Manhã (CJCJ) e Coojornal, no Jornal do Brasil e em incontáveis jornais e revistas do país, além dos álbuns lançados pelo Edgar Vasques. Agora, todos os meses, o Rango revira lixo inédito no Extra Classe (respeitável veículo do Sinpro/RS), que cedeu as tiras com exclusividade para o Tinta China. Também vamos garimpar material antigo, porque no Brasil, como diz o mestre Millôr Fernandes, o passado não passa; o mordaz recado do Rango só será dispensável quando os monturos e as marquises estiverem desabitados. Enquanto isso, e enquanto não vem a antologia em 4 volumes que o autor prepara, este espaço das terças é dele e ninguém tira – com ou sem trocadilho!)
exposição JUNIOR LOPES EM POA
Rasgos de genialidade em
retratos com retalhos
Nas artes plásticas cabe tudo, desde o incabível até o descabido. O que cai como luva de mil dedos no Junior Lopes. Para esse inquieto cartunista e caricaturista goiano-paraense-paulistano, não teria cabimento ficar só no risca-rabisca. Caberia tentar técnica inédita para retratar, ousar não ser apenas mais um retratista? Como se vê nos seus retratos com retalhos, coube. E cabe mais: nesses remendos, Junior Lopes avizinha a arte têxtil das artes gráficas. A maior parte do que ele cria começa em tecidos e acaba quase tudo em páginas.
Como ilustrador original, inaugura algo híbrido. Cabem perguntas: ainda é desenho? Ou já será tecitura? Seja o que for, o resultado fascina. Como surpreende o processo. Só vendo, como já vi: em vez de riscos, fiapos; no lugar de traços, trapos; como manchas, estampas. Simples e funcional assim. E embasado, também: por trás das criações, há retinas bêbadas de contracultura, viciadas nos códigos de signos e aliviadas pelo colírio da cultura pop. Coisas mal vislumbradas nas texturas. Mas que deslumbram: você se aproxima, vê só panos; se afasta, aí avultam ícones culturais. Nada mais gestaltiano.
Voraz consumidor visual, no imaginário cult de Junior Lopes há gestações inimagináveis. Enquanto rasga, recorta e retalha, ele se aventura em busca imagística que, por ser feita de pedaços de incertezas, só o prazer aflitivo da fruição lhe é garantido. Até que os restos de rostos se rearranjam numa fisionomia única. Instintiva e intuitivamente – isto é, com um olhar que sabe onde pisa e com outro que nem quer saber onde é o chão – Junior Lopes logra o gozo de configurar outro ídolo genial. Essa é a sua vertigem, diz ele. O nosso assombro, digamos.
Ah, não mencionei nenhuma tesoura? Acessório ordinário em meio ao extraordinário. (Fraga)
Serviço
Exposição: Rasgos de Genialidade
Autor: Junior LopesOnde: Centro Cultural CEEE Érico Verissimo
Quando: Até 14/7, de terça a sábadoEndereço: Rua dos Andradas, 1223
publicações IDÉIA
O cérebro fritou mais uma
vez ao sul do sul do país
O Vagão do Humor, que pelo empuxe que tem deveria se chamar locomotiva, acaba de lançar mais uma publicação. Idéia é uma revista de quadrinhos, humor e cultura que põe Rio Grande no eixo editorial brasileiro. A primeira edição vem com uma dezena de atrações. É ler para rir. O projeto é a soma dos bilhões de neurônios inquietos de Allison Affonso, Ivonei D´ Peraça e de Wagner Passos. Está disponível em 31 bancas da cidade e pela internet. Para quem tem idéias e quer mais, clique aqui e compre muitas. O frete é grátis e de brinde você corre o risco de ser caricaturado pelo Wagner.
tutti giorni NOSSO ANTRO SE MODERNIZA
Fogão novo obriga Lula a manter
o acordo de gás com a Bolívia.
O empresário Nani surpreendeu sua seleta e fiel clientela com um investimento da ordem de centenas de reais nas instalações do Tutti Giorni. Como se vê, a cozinha foi remodelada – já chegou ao design de 1945. Os ladrilhos são de um M. C. Escher local. Para comemorar o progresso, haverá inauguração à boca pequena, hoje. Quanto ao antigo equipamento, foi doado à Sociedade Brasileira de Gororoba, que o recusou. Acabou em concorrido leilão entre sucateiros (quem dava menos levava). Nani, que se recusa a ser fotografado para evitar que a vigilância sanitária não o localize, promete outras melhorias. Vinho nas torneiras é uma delas.
Serviço
Nome: Tutti Giorni, de Nani, vulgo Ernani Marchioretto
Endereço: Borges de Medeiros, 788 Altos do Viaduto(escadaria oposta ao Hotel Everest)
Telefone: 9831- 8047
Horário: de segunda a sexta ao meio-dia, terças e sextas à noiteAtrações: agora com piano acústico
segunda-feira, 9 de julho de 2007
salões de humor 34º SALÃO DE PIRACICABA
O prazo não é mais desculpa:
inscrições prorrogadas até 28/7
O salãozão do Brasil espera os mais engraçadinhos concorrentes do Brasil e do exterior. Pra você brilhar em Cartum, Charge, Caricatura, Tiras e na nova categoria, Vanguarda. Informações e regulamento, neste link aqui.
“O Salão de Humor de Piracicaba não foi combinado, ninguém planejou, mas acho que todos sentiram. Lançado em plena ditadura militar, seria um salão de humor e seria 'outra coisa'. Essa outra coisa nunca teve umnome exato. Barricada? Resistência? Válvula de escape? Travessura heróica? O fato é que desde os primeiros salões lá estavam, em Piracicaba, o Millôr, o Jaguar, o Ziraldo, o Henfil, o Zélio, os Caruso — todos levados pelo instinto, e pela necessidade, 'da outra coisa'. A ditadura acabou, o Salão cresceu e a “outra coisa” hoje é outra coisa. Mas, seja o que for, continua. É o que distingue o Salão de Piracicaba dos seus imitadores e da concorrência, e nos faz voltar ano após ano. A idéia é de que, além de uma celebração do talento brasileiro e um dos grandes eventos do humor mundial, a festa em Piracicaba é...é.. assim... como dizer? Outra coisa". Luis Fernando Veríssimo
resgate CARLOS ESTEVÃO
Lembra quando as
aparências enganavam?
Nos anos 40 e 50, o Brasil já não era um país sério e era mais engraçado ainda no traço de Carlos Estevão, que brilhava em página dupla na popularíssima revista O Cruzeiro. E um dos maiores sucessos quinzenais do pai do Dr. Macarra era a seção As Aparências Enganam: elucidar as silhuetas revelavam a malícia e a maldade nacional. Que disputavam em atenção com as impagáveis Perguntas Inocentes. Havia inocência na época? Só relendo revistas velhas e rindo a valer com Carlos Estevão, artista original do humor brasileiro. Que merece ser relembrado sempre, principalmente por quem faz graça.
animação O PARADOXO DA ESPERA DO ÔNIBUS
Parceria interestadual
anima seus criadores
O quadrinista gaúcho Gabriel Renner, do Estúdio Pinel, e o cineasta carioca Christian Caselli, do Curtagora, produziram sua primeira animação em parceria, dentro
do projeto Desenhos Desanimados. Caselli roteirizou e editou o traço do Gabriel, em animação minimalista e locução melancólica. Disponível na internet, ocupou a capa do YouTube ,
e chegou a merecer 145 comentários na manhã de sexta.
Curtam o curta.
as panelas UBERTI
perfil CANINI
Pai do Zé Carioca mas não
sobrinho do tio Disney.
Aos 70 anos, o mestre Renato Canini, criador do Tibica, do Kactus Kid e do Dr. Fraud, ganha mais que merecido perfil no site www.coletiva.net. Link direto aqui.
domingo, 8 de julho de 2007
macanudo taurino SANTIAGO
(Todos os domingos, mais pontual que goteira no galpão,
o Macanudo Taurino e a gauchada do Santiago vão
se apoitar por aqui. Pra evitar derramar o chimarrão,
largue a cuia antes de cair na gaitada.)
as cretiníssimas LANCAST
(Tirem os preconceitos da sala. Com Lancast, domingo vai ser dia de porcaria. A série exclusiva começa hoje. Engraçadíssima.)
hall da fama SAUL STEINBERG
A capa que atravessou
continentes e épocas.
Na opinião de vários gênios do humor, o romeno Saul Steinberg (1914 – 1999) é o gênio maior. Das quase 90 capas e mais de 1200 desenhos que fez a partir de 1941 em 6 décadas de colaboração com a revista americana The New Yorker, este desenho de março de 1976 pulou das bancas para o patrimônio universal. “View of the World” inaugura esta galeria que reverencia momentos memoráveis das artes gráficas. Saiba mais sobre o genial Steinberg aqui, aqui e aqui.
álbum de família 5 VÉIOS E NENHUM CURINGA
Nós que nos ríamos tanto
e às vezes nada disso
Da esquerda (sempre!) para a direita: Edgar Vasques, Fraga, Uberti, Batsow, Santiago. (clic num churra na casa do segundo senhor de relógio, mil novecentos e muitos ou dois mil e poucos. De exata, só a amizade.)
Assinar:
Postagens (Atom)
