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sábado, 29 de setembro de 2007
bate-pronto RODRIGO ROSA
Como ganhar a vida ganhando
prêmios e admiração do público
A palavra versatilidade, quando aplicada ao Rodrigo Rosa, fica ainda mais versátil. Como tantos artistas gráficos, ele se expressa em vários campos (cartunismo, ilustração, quadrinhos). Como poucos artistas nessas áreas, se impõe pela extrema qualidade do seu trabalho: maestria no uso das ferramentas (caneta, lápis, tipo de papel – que, no caso dele, também contribui para resultados surpreendentes) e no uso das técnicas (aquarela, pastel, lápis de cor, caneta). Profissional precoce desde os 14 anos, suas atividades criativas vão desde os frilas regulares do mercado (editoras, revistas, agências) até os incessantes apelos interiores (salões de humor, onde é colecionador de prêmios nacionais e internacionais; projetos em parceria com escritores como Erico Veríssimo, Carlos Urbim, Sérgio Caparelli, entre outros; criador de HQ faz tudo: roteiro e imagem; e sketchbooks, exercício permanente do seu inquieto talento). Recém chegado de um curso na Espanha, com passagem pela França, Rodrigo Rosa fala dos bastidores da sua arte ao Tinta China.
Tinta China - Como artista gráfico, qual a sua atividade principal?
Rodrigo Rosa - Venho fazendo muita ilustração pra livros infantis. Agora vou retomar os quadrinhos pra fazer um álbum pro ano que vem
Tinta China - Qual a sua maior fonte de renda com sua arte?
Rodrigo Rosa - Ilustração pra livros e as vezes pra publicidade, que é algo mais chato mas paga melhor.
Tinta China - Como você negocia os valores de seus frilas?
Rodrigo Rosa - Tento ficar antenado quanto às médias negociadas por outros colegas e me mantenho nelas. Quando vejo que o cliente é um pouco mais graúdo, arrisco um valor melhor... as vezes cola.
Tinta China - Como é um dia típico de trabalho para você?
Rodrigo Rosa - Não tenho muito isso, não. Se tenho muito trabalho, trabalho muito. Se o trabalho é pouco, trabalho pouco... sou um indisciplinado.
Tinta China - Por onde você começa uma tarefa?
Rodrigo Rosa - A maioria das vezes lendo os textos e pesquisando atrás de referências
Tinta China - Quais ferramentas você utiliza e qual domina mais?
Rodrigo Rosa - Trabalho tanto com materias tradicionais como no computador. Domino os softwares somente o necessário pra obter os resultados que me agradam. Nada mais
Tinta China - Que condições você exige ou depende para criar?
Rodrigo Rosa - Um local bem iluminado com uma mesa e cadeira decentes
Tinta China - Como você lida com os prazos?
Rodrigo Rosa - Costumo cumpri-los à risca. Se me pedem um trabalho pra dia X, entrego no dia X. Nem antes nem depois.
Tinta China - Como você mantém os originais que produz?
Rodrigo Rosa - Em pastas e envelopes
Tinta China - Quais suas primeiras e atuais influências?
Rodrigo Rosa - As primeiras foram os gibis Marvel... Eu gostava pacas do Sal Buscema, irmão do John... Hoje acho isso engraçado porque esse cara era muito ruim. Atualmente gosto muito dos novos quadrinistas franceses: Manu Lancernet, Joan Sphar, Cristophe Blain...
Tinta China - Onde você busca informações para apoiar suas criações?
Rodrigo Rosa - Em livros, filmes e na internet.
Tinta China - Você tem preferência por algum tipo de papel?
Rodrigo Rosa - Depende do trabalho. Uso com freqüência papéis para aquarela como o Fabriano e papéis Canson coloridos quando trabalho com pastel seco.
Tinta China - Quais macetes técnicos funcionam no seu trabalho?
Rodrigo Rosa - O que sempre me preocupa mais é que o desenho tenha um clima adequado à cena e que tenha movimento, fluidez.
Tinta China - Qual o seu maior conflito com o mercado?
Rodrigo Rosa - O mercado vem piorando nos últimos tempos... Esta semana, uma grande editora me pediu um trabalho grande e já disse quanto
o meu trabalho valia, sem nem me pedir um orçamento. A briga maior está sendo pra conseguir dignidade e respeito profissional.
Tinta China - Que dicas básicas você daria para um iniciante?
Rodrigo Rosa - Desenhe bastante e esteja atento pro mundo em volta. Desenhista tapado só terá idéias tapadas.
Foto: Manuela Eichner
Postado por Grafar às 12:20 1 comentários
série do mês DIVÃS
Canini (Renato Vinicius), 1936, cartunista, ilustrador e quadrinista gaúcho de Quaraí, RS. Um dos grandes nomes do cartunismo nacional, "pai" do Zé Carioca "brasileiro", criador do Dr. Fraud, Kactus Kid, Tibica, entre outros, e autor dos livros Dr. Fraud e Cadê a Graça Que Tava Aqui? Colaborador exclusivo do Tinta China, às segundas, quartas, sextas, sábados e domingos.
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sexta-feira, 28 de setembro de 2007
evento FEIRA DO LIVRO COM MAIS HUMOR
Grafarianos se espalham na
Feira do Livro de Porto Alegre
Há 53 anos a Praça da Alfândega se enche das flores dos jacarandás e das flores de celulose, na Feira do Livro. O evento virou megaevento e o humor já faz parte das dezenas de atrações que enriquecem o dia a dia. Este ano, a participação dos grafarianos está maior, dentro do projeto proposto pelos artistas no início de 2007 e confirmado agora pela Câmara do Livro. Abre com as costumeiras Oficinas (são 6, em 2 ou 3 sessões cada): Charge (Hals); Cartuns (Santiago); Caricaturas (Gilmar Fraga); Ilustração (Edu) ; Quadrinhos (Fabio Zimbres); e Texto de humor (Fraga). A ampliação fica por conta de duas novas sessões gráficas: Banco de Caricaturas (Edgar Vasques, Gilmar Fraga e Ruben) acompanhando sessões de autógrafos; e Cadernos de Rascunho (Edgar Vasques, Hals e Joaquim da Fonseca) , soltos no recinto da Feira. Além dessas atividades com canetas, há outras sem elas: duas mesas de debates. A primeira é A graça e a desgraça: o humor e a realidade nacional com os debatedores Edgar Vasques e Eugênio Neves. E a segunda será Grafar recebe Benoit Peeters (filósofo, escritor e roteirista de HQ, também especialista em Hergé), com Edgar Vasques e Santiago como anfitriões. (Esta é a única ação em que a Grafar assina sua presença na Feira; as demais são exclusivas dos patrocinadores oficiais.) Na época vamos detalhar os eventos em seqüência. E em homenagem à 53ª Feira do Livro, o Tinta China fará postagens diárias de cartuns temáticos durante todo o período, numa série do mês especial. Não nos belisquem!
Cartum: Moa
Postado por Grafar às 13:19 0 comentários
agenda 2º TRAÇO TODAS NO GIBI BAR
Muitas doses de arte destilada
no segundo evento neste sábado
Coletivo Etílico de Desenhos Traço Todas Lonely Hearts Club Band - Volume 2: lido assim, parece um lp psicodélico dos anos 70. Mas visto através de garrafas cheias de inspiração, é um evento para traçar várias e seguidas idéias criativas. É um movimento artístico que nem os organizadores, os grafarianos Maumau e Azeitona, sabem onde vai parar: o evento mal começou e agora as adesões prometem lotar a casa, o transado Gibi Bar Bruschetteria, perfeito ambiente temático ali na Bento Figueiredo, 72, no Bonfim. A sessão de sketchbooks inicia a partir das 20h e segue noite adentro, até que os lápis acabem e as canetas sequem ou falte papel. Por isso o aviso aos dibujantes: levem seu material de desenho. Este teste drive da criatividade sob o efeito do álcool já agita a cidade e você pode conferir o primeiro evento aqui e o espaço à sua espera, aqui. O Tinta China vai conferir in loco e em copo, como já fez aqui. Anotou? Trace tudo no Traço Todas.
Postado por Grafar às 13:18 0 comentários
série do mês DIVÃS
Ralph Steadman, 1936, cartunista, caricaturista, ilustrador e gravurista inglês. Artista gráfico de estilo vigoroso e gestual, humor corrosivo, colaborador de revistas como Punch, Private Eye, Rolling Stone e de jornais como o The New York Times. Autor de livros sobre grandes figuras, como Freud e Leonardo da Vinci, além de álbuns sobre arte.
Postado por Grafar às 13:17 0 comentários
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
salões de humor MOA FATURA GRÉCIA
Cartum sobre Crianças do Futuro ganha
segundo prêmio no Salão Greekartoon
Como o Tinta China anunciou e iniciou torcida aqui, essa delicadeza de concepção e belezura de realização não podia passar despercebida no 2º Greekartoon: seria a prova de que tinham recrutado cegos pro julgamento. O Moa, que deve estar com a boca nas orelhas e essas nas alturas, agora já se prepara para dar entrevista inclusive em grego - como todos sabem, o dinheiro é poliglota e um prêmio de 3.500 euros dispensa intérpretes.
O site do concurso ainda não tem nada no ar, apenas um email deles atravessou os ares para emocionar o Moa e fazer a gente vibrar com ele. Assim que houver divulgação oficial, mostramos os vencedores. Enquanto isso, o Tinta China dá mais uma voltinha no carrossel televisivo e bate palmas pro nosso vitorioso grafariano: clap, clap, clap!
Postado por Grafar às 12:40 11 comentários
série do mês DIVÃS
Sempé (Jean-Jacques), 1932, cartunista e ilustrador francês. Brilhante como observador, elegante como desenhista, é um dos mais admirados humoristas do mundo. Além dos cartuns com cenas da vida parisiense, muitas vezes em vários quadros, deu vida ao Pequeno Nicolau, em parceria com o roteirista René Goscinny.
Postado por Grafar às 10:17 1 comentários
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
série do mês DIVÃS
Emil (Wainstok), cartunista carioca. Vencedor do 2o Salão de Piracaba, foi colaborador do Pasquim nos anos 70 e participante da Bienal de 72. (Infelimente o blog não conseguiu informações atualizadas do artista)
Postado por Grafar às 12:35 1 comentários
terça-feira, 25 de setembro de 2007
caricatura GILMAR FRAGA
Título: Maradona
Técnica: lápis, aquarela, hidrográfica e photoshopVeículo: Zero Hora
Local: Porto AlegrePostado por Grafar às 12:21 0 comentários
perfil LUIS FERNANDO VERISSIMO
O escritor, cartunista e quadrinista entra
para a grande galeria do site coletiva.net
O criador do Analista de Bagé, da Velhinha de Taubaté, do detetive Ed Mort, das Cobras (publicadas aqui no Tinta China, às segundas) e autor de dezenas de livros de crônicas, colaborador da imprensa nacional, agora está entre os mais de 260 profissionais perfilados do www.coletiva.net . Se fosse uma foto, mereceria moldura. Link direto aqui.
Postado por Grafar às 12:20 1 comentários
série do mês DIVÃS
Jaguar (Sérgio Jaguaribe), 1932, cartunista carioca. O humor mais escrachado do Brasil, um dos traços mais originais do mundo. Com Millôr, Fortuna, Claudius e outros, é autor do clássico 10 em Humor, livro de 1968. Fundador do Pasquim, é o pai do Sig, símbolo do jornal que "tirou a gravata do jornalismo brasileiro". Além de Hay Gobierno, Soy Contra, publicou livros de crônicas da vida boêmia.
Postado por Grafar às 12:15 4 comentários
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