sábado, 5 de abril de 2008
ilustração RAFAEL SICA
Título: Passeata
Técnica: Caneta e computadorVeículo: Revista Mundo Estranho
Local: Porto Alegrequadrinhos SILVIO SILVEIRA
Título: Crônicas Negras
Técnica: ComputadorVeículo: Salão Internacional de Humor de Piracicaba,
2º lugar HQ, 1995
Local: Piracicaba, SP2º lugar HQ, 1995
parceria se puder LANCAST & VOCÊ
Crie uma frase para este desenho e vire parceiro do autor.
Esta nova seção do Tinta China é um concurso de humor interativo entre o blog e o público, aberto a qualquer pessoa, de qualquer lugar do mundo. Na primeira semana de cada mês, publicaremos um cartum sem palavras de um cartunista convidado. O cartum ficará exposto diariamente por uma semana, à espera de sugestões de legendas enviadas, para o email do blog (as sugestões através dos comentários serão inválidas e não poderão concorrer). Na segunda semana, um júri de 5 engraçadinhos - formado pelos editores do Tinta China, mais o autor da vez e um convidado-surpresa - elegerão a melhor legenda. Num dia da terceira semana, publicaremos o cartum de novo, já com a legenda vencedora, com a possível citação de mais uma ou duas que merecerem destaque. (Caso haja consenso de que nenhuma sugestão está à altura do desafio, o cartum será republicado apenas com a legenda do próprio autor.) No mês seguinte começa tudo de novo, no primeiro dia do mês, com um novo convidado.
Ao vencedor, em vez de batatas, um calendário da Grafar-Print Paper ainda com muitos meses sem uso. (Pra quem achar que a idéia é uma gracinha, pode dar os parabéns à revista The New Yorker: foi de lá que a gente garfou, onde há vários anos é sucesso semanal.)
Concurso #1
Convidado: Lancast, pai da Anabel e autor das Cretiníssimas
Envie sua sugestão: grafarblog@gmail.com
(sugestões deixadas nos comentários não serão aceitas)
Prazo: Até domingo, 6/4. Você pode mandar quantas quiser.
Resultado: Dia 15/4.
Convidado: Lancast, pai da Anabel e autor das Cretiníssimas
Envie sua sugestão: grafarblog@gmail.com
(sugestões deixadas nos comentários não serão aceitas)
Prazo: Até domingo, 6/4. Você pode mandar quantas quiser.
Resultado: Dia 15/4.
bate-pronto EDGAR VASQUES
Vivendo para desenhar,
desenhando para viver
A trajetória do Edgar Vasques é a das suas linhas. Desconte-se o tempo no berço e dá pra dizer que desenha desde que nasceu. Para quem faturou o primeiro cachê gráfico já aos 14 anos, sua carreira acumula quase cinco décadas. Pela produtividade contínua e tanto espaço preenchido, dá pra avaliar a importância da criação do Edgar: a história social, cultural e política do Brasil permeia seu acervo, publicado ou não. Com a versatilidade de quem joga nas doze (é chargista, cartunista, caricaturista, quadrinista, ilustrador, sketchista e domina nanquim, grafite, aquarela, pincel, lápis e bico de pena), sua capacidade só foi driblada pelo mercado atual, que goleia os artistas gráficos em vários campos. Como aprendeu de tudo - na faculdade de arquitetura, em viagens à Europa, atuando em dezenas de veículos - o Edgar tem muito a transmitir. E é o que mais faz, com a consistência dos veteranos e o entusiasmo dos iniciantes, quando discorre sobre arte ou quando seu traço escorre no desafio da brancura. Ops, o Tinta China tá chovendo no alagado. O pai do Rango e fundador da Grafar que fale:
Tinta China – Como artista gráfico, qual a sua atividade principal?
Edgar Vasques – Alem de fazer ilustrações, caricaturas, charges, cartuns, HQs e aquarelas, minha principal atividade é simplesmente tentar sobreviver com tudo isso.
Tinta China – Como você negocia os valores de seus frilas?
Edgar Vasques – Procuro ter um piso, um preço mínimo p/ cada tipo de trabalho. Acima disso depende do cliente, do tipo e do volume de trabalho.
Tinta China – Como é um dia típico de trabalho para você?
Edgar Vasques – Sou muito dispersivo, custo bastante a me concentrar. Então, quando engreno, também custo a parar. É comum começar a trabalhar às seis ou sete da noite e seguir até quatro ou cinco da manhã.
Tinta China – Por onde você começa uma tarefa?
Edgar Vasques -- Fico rabiscando imagens e anotando possibilidades de piadas, às vezes lendo ou olhando imagens de autores que me agradam até ter a idéia para ilustração, charge ou cartum. Na caricatura, o processo é tentativa e erro: de posse das referências (fotos) vou evoluindo, do retrato para o exagero humorístico, experimentando várias hipóteses. Nos quadrinhos, o processo é mental. Quando chego no papel, já tenho a HQ mais ou menos pronta na cabeça, e começo fazendo um diagrama da tira ou de cada página, estabelecendo a composição dos quadros e a posição dos balões e textos. Só depois crio as ilustrações. Naturalmente, em todos os casos, quando necessário, há uma etapa de pesquisa de referências, em publicações ou na internet.
Tinta China – Quais ferramentas você utiliza e qual domina mais?
Edgar Vasques – Sou muito rápido pra obter um domínio razoável (útil) de qualquer ferramenta de desenho. As de uso mais freqüente são esferográfica, caneta tinteiro e ponta de feltro para esboços e sketchbook, e grafite e pincéis nas aquarelas e nanquim com bico-de-pena, pincel seco e cabo de pincel nos trabalhos finalizados. Esporadicamente, também uso lápis de cor, hidrocores, canetas técnicas, esfuminho, etc.
Tinta China – Que condições você exige ou depende para criar?
Edgar Vasques – Um mínimo de tranqüilidade em relação a questões externas ao trabalho. È quase impossível me concentrar preocupado com problemas “extra prancheta”.
Tinta China – Como você lida com os prazos?
Edgar Vasques – Aprendi na prática que a questão do prazo é quase sempre um jogo de empurra, em que cada parte envolvida na cadeia produtiva das artes gráficas industriais procura ganhar o máximo de tempo para si e jogar o stress para o próximo envolvido. Daí vem a necessidade de negociar o tempo: procuro negociar o melhor prazo para mim (é difícil dar prazo exato para uma atividade criativa), e depois cumpri-lo.
Tinta China – Como você mantém os originais que produz?
Edgar Vasques - Tenho tentado, ao longo do tempo, organizá-los da melhor maneira possível, mas com quase quarenta anos de produção, acho que é assunto pra algum bibliotecário profissional...
Tinta China – Quais suas primeiras e atuais influências?
Edgar Vasques – Quando criança, Carl Barks (cujo traço reconhecia, sem saber o nome), Canini, que aí pelos seis anos tentava imitar, depois Ziraldo, Al Capp, Carlos Estevão (que talvez seja a maior de todas), Goya, e uma lista infindável, porque tudo que vejo e gosto, de certa forma me influencia. Hoje, entre outros, gosto muito do trabalho (cor e p&b) de Carlos Nine.
Tinta China – Onde você busca informações para apoiar suas criações?
Edgar Vasques – Na cultura geral, tudo que aprendi na vida escolar, na literatura, cinema, música, viagens, vivências, etc. Nunca se sabe o que pode suscitar uma idéia, às vezes até um catálogo, um dicionário, uma conversa ou a mera observação do meio. Quanto a referências específicas, já respondi acima, no processo de trabalho.
Tinta China – Você tem preferência por algum tipo de papel?
Edgar Vasques – Claro, cada técnica de trabalho se cumpre melhor em determinado suporte. Pra quem, como eu, trabalha mais com aquarela ou nanquim, o papel mais qualificado é o Fabriano 330gr. Mas às vezes se obtém resultados interessantes fazendo experiências: eu descobri, por exemplo, que é possível fazer bico-de-pena legal em papel jornal ...
Tinta China – Quais macetes técnicos funcionam no seu trabalho?
Edgar Vasques - Bom, pra entrar nisso, seriam necessárias muitas entrevistas dessas...
Tinta China – Qual o seu maior conflito com o mercado?
Edgar Vasques – Acho que o mercado brasileiro, no nosso campo, não está preparado para dar conta (ou pagar a conta) da enorme qualidade dos artistas gráficos. Vejo dois problemas principais (não que não haja outros):
1. a desinformação de clientes, intermediários (agentes) e capitalistas (editores, etc.) a respeito das artes gráficas, desde definições e aplicações até critérios de qualidade.
2. a mediocridade e não-profissionalismo de agentes e capitalistas, que não cumprem seu papel de alavancar junto ao mercado consumidor o enorme potencial das artes gráficas brasileiras, fazendo a sua parte: investir na criação, produção, distribuição e divulgação.
Tinta China – Que dicas básicas você daria para um iniciante?
Edgar Vasques – Ponha pra fora, no seu trabalho, as influências que lhe impressionaram. Depois disso, deixe aflorar o se próprio estilo, e procure ter uma postura de artista, refletindo o meio em que vive, mesmo em trabalhos sob encomenda.
Foto: Hals
sexta-feira, 4 de abril de 2008
cartum WAGNER PASSOS
Título: Parto
Técnica: Caneta e aquarelaVeículo: Expo Futebol
Local: Munique, Alemanha
sketchbook GUILHERME MOOJEN
Título: Menina
Técnica: Pincel e nanquimVeículo: Blog do autor
Local: Porto Alegreagenda LANÇAMENTO DE THAPA KUNTURI
Neste sábado, em Sampa, Cárcamo
autografa livro e abre exposição
Divulgar este lançamento do talentoso Gonzalo Cárcamo - ilustrador, caricaturista e artista plástico - é um exercício de babar à distância. A sineta pavloviana é o visual do convite para os autógrafos do belíssimo livro infantil Thapa Kunturi, que quer dizer ninho de condor na língua aymara. Chileno de nascimento, Cárcamo ambienta o conto na era pré-colombiana,
no coração da Cordilheira dos Andes, onde um menino e sua lhama de estimação vivem uma aventura extraordinária. Para o olhar do público ir às alturas, o autor inaugura exposição de originais. Algumas dessas imagens já passaram por POA em 2006, na sua exposição no Museu do Trabalho. São aquarelas que potencializam a lei da gravidade em torno do nosso queixo. Não demora o Tinta China vai mostrar algumas páginas de Thapa Kunturi. Reserve saliva.
Serviço:
Livro: Thapa Kunturi, ninho do condor
Autor: Cárcamo
Exposição: Originais da obra
Editora: Companhia das Letrinhas
Endereço: Livraria da Vila, Alameda Lorena,
1731, Jardins, São Paulo, SP
Data: Sábado, 5/4, às 16h
Livro: Thapa Kunturi, ninho do condor
Autor: Cárcamo
Exposição: Originais da obra
Editora: Companhia das Letrinhas
Endereço: Livraria da Vila, Alameda Lorena,
1731, Jardins, São Paulo, SP
Data: Sábado, 5/4, às 16h
série do mês INFIDELIDADE
Santiago (Neltair Rebés Abreu), 1950, cartunista, chargista, ilustrador e quadrinista gaúcho. Criador do Macanudo Taurino e autor dos livros Refandango, Conhece o Mário?, co-autor das coletãneas de humor QI 14, ...E o Bento Levou, Corta Essa , e, com Crist e Fontanarosa, do livro Santíssima Trindade. Um dos artistas mais premiados em salões de humor pelo Brasil e mundo afora.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
quarta-feira, 2 de abril de 2008
parceria GRAFAR & COLETIVA.NET
Desde ontem o público do Coletiva.Net tem, além do conteúdo fundamental para o mercado da comunicação, jornalismo, propaganda, marketing e business, uma graciosa razão para acessar o site: a seção Graça Coletiva, com um cartum diário de segunda a sexta aqui da turma grafariana. A inauguração desta risonha parceria com a Grafar, noticiada aqui, foi com o traço do Santiago. Basta um clique na imagem e jornalistas, publicitários, empresários e estudantes descobrem toda a graça do Tinta China. E é só clicar no logo do Coletiva.Net aí do lado pra acompanhar o site. Boa essa ponte, né? (Esta informação é para aqueles que, ontem, acharam que a notícia era um bem bolado 1º de abril. Não foi. Somos engraçadinhos mas não somos bobos.)
autógrafos MIRAN
(Do traço às idéias, cada artista gráfico tem as suas marcas registradas. E uma das que menos marcam mas que melhor atestam a propriedade da sua arte está na assinatura. Leveza ou vigor, fluência ou contenção, impacto ou sutileza - é a identidade ao correr da pena. Para abrir esta coleção de autógrafos que falam por si, o Tinta China selecionou o do Miran.)
série do mês INFIDELIDADE
Luis Fernando Veríssimo (1936), escritor e cartunista de Porto Alegre. Criador do Analista de Bagé, da Velhinha de Taubaté, do detetive Ed Mort e das Cobras, entre outros pesonagens. Tem dezenas de livros publicados, com textos adaptados para a TV, e colabora com vários jornais brasileiros.
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