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sábado, 2 de agosto de 2008
leituras PODERES
Luis Fernando Verissimo
faz homenagem ao Batman
O Batman é um super-herói sem superpoderes. Não voa, não enxerga através do aço, não faz o globo girar ao contrário.
O único outro exemplo da espécie que me ocorre é o Fantasma, mas o Fantasma ficou datado. Há algo de irremediavelmente antigo na sua figura, vivendo aquela fantasia de onipotência colonial entre os pigmeus. O Batman, ao contrário, é um herói metropolitano. Só é concebível num cenário urbano onde o gabarito foi liberado. E fica cada vez mais atual. Cada nova versão do Batman no cinema é mais sofisticada do que a anterior. Começou como gibi filmado, já foi comédia pós-moderna estilizada, agora - pelo que leio, ainda não vi - é uma tragi-comédia com sombrias referências às paranóias do momento. Batman é reincidente e nunca fica datado porque nunca fica bem explicado, tem sempre uma conotação a mais a ser explorada, um lado da sua personalidade e da sua legenda a ser descoberto e dramatizado. E acho que o fato de não ter superpoderes tem muito a ver com a sua permanência através de todos estes anos, que não foram piedosos com os outros super-heróis clássicos, massacrados pela paródia e o esquecimento.
Desde o momento em que foi matar uma mosca e demoliu a mesa, o Super-Homem conhecia seus poderes. Os poderes definiram o homem. Ele não poderia ser outra coisa além de Super-Homem, sua vida estava decidida já nas fraldas. Batman escolheu ser Batman. Nada determinava a sua escolha. Não tinha nem a carga genética para guiá-lo, como o Fantasma, que pertencia a uma dinastia de Fantasmas. Se a legenda do Superhomem é uma parábola sobre a predestinação, a do Batman é uma reflexão sobre o livre-arbítrio. A única coisa que une os dois é a obsessão em fazer o Bem - o que torna a escolha do Batman ainda mais misteriosa. Ele decidiu ser um homem-morcego. Logo o morcego, bicho hemofágico e ruim, cuja única antropomorfização (com perdão do palavrão) conhecida antes do Batman foi o Drácula. Escolhendo um símbolo do Mal para fazer o Bem, Batman enfatizou seu livre-arbítrio. Nada determina as suas ações, nem a Natureza que fez o Super-Homem súper e o morcego asqueroso. Sua obsessão pelo Bem é uma escolha moral, desassociada de qualquer imperativo externo. Ele não é um herói para melhorar a reputação dos morcegos nem porque veio de outro planeta predestinado a ser bom, ou porque gosta de usar malha justa. O que a sua legenda nos diz, e talvez por isso dure tanto, é que o ser humano é cheio de imperfeições e maus impulsos, limitado pela biologia e condicionado por mitos e tradições, mas é livre para escolher o que quer ser. E decidir ser justo.
Está aí, um super-herói do iluminismo. Longa vida para o Batman.
(Artigo publicado em ZH, 31/7, reproduzido com autorização do autor.)
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sexta-feira, 1 de agosto de 2008
parceria CALENDÁRIO PRINT PAPER-GRAFAR
Chama a atenção que, no mês em que começam as Olimpíadas numa das metrópoles mais poluídas do mundo, o cartum do Vilanova que ilustra o mês de agosto trata justamente sobre o tema da poluição. E vai dizer que o menino da cena não tem todo jeito dum chinesinho com ares do Yellow Kid? Junto do "visionário" Vilanova, o calendário da Gráfica Print Paper em parceria com a Grafar conta os dias e meses com a presença dos seguintes cartunistas e ilustradores: Janeiro/Edgar Vasques, Fevereiro/Hals, Março/Bier, Abril/Moa, Maio/Rafael, Junho/Santiago, Julho/Uberti, Setembro/Eugênio Neves, Outubro/Gilmar Fraga, Novembro/Lancast, Dezembro/Rodrigo Rosa.
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série do mês ESPORTISTAS
Miran (Oswaldo Miranda), 1952, cartunista, ilustrador, diretor de arte, editor e designer, de Paranaguá, PR. Diretor e editor da revista Gráfica - Arte Internacional, a mais importante revista brasileira de artes gráficas, da revista AdD, do suplemento Raposa e colaborador do Pasquim. É autor do livro Miran, Um Rapaz de Fino Traço.
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quinta-feira, 31 de julho de 2008
série do mês CARRASCOS
Charles Addams (Samuel), 1912-1988, cartunista americano. Célebre pelo seu humor mórbido, foi colaborador da revista The New Yorker, onde criou uma antológica série de cartuns góticos, que deram origem à Família Addams, da série na TV e em filmes.
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quarta-feira, 30 de julho de 2008
charge SANTIAGO
Título: História sem fim
Técnica: Caneta, aquarela e computador
Veículo: Acervo do autor
Local: Porto Alegre
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Premiações ANIMAMUNDI PARA RIO GRANDE
Grupo de Rio-Grande vence duas categorias
no badalado festival de animação
O cãozinho abocanhou dois prêmios em São Paulo
E mais prêmios pra gauchada! Dessa vez, foi a batalhadora turma de Rio Grande (um dos pólos mais ativos nas artes gráficas do RS) que levou dois prêmios no Festival Animamundi, em São Paulo. Maracão, a animação para celular produzida pelo Grupo de Estudos de Animação da FURG, venceu os prêmios Melhor Animação do Júri Popular e o Especial Melhor Animação Brasileira Prêmio Oi. A animação vencedora teve direção e edição de Ozi, roteiro de Sandro Kisner e animação de Alex Mattos, Anderson Mendonça, Eduardo Porciuncula e Lucas Rechia. Pra ver o curta do Maracão, basta acessar o site do Animamundi.
Postado por Grafar às 13:40 1 comentários
série do mês CARRASCOS
Juska (Francisco, Filho), 1956, cartunista, chargista e ilustrador de Santo Ângelo. Colaborador de vários jornais e revistas, co-autor das coletâneas QI 14, E o Bento Levou, Corta Essa e Antologia Brasileiro de Humor, além de participação em inúmeras exposições de cartum e prêmios em salões de humor.
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terça-feira, 29 de julho de 2008
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