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sábado, 1 de setembro de 2007
memória O DIA EM QUE O QI14 INVADIU O RIO
Há 32 anos, a graça gaúcha
chamou a atenção do Pasquim
Rio, 12/12/75. Nossas tropas eram um exemplar da segunda edição do recém-lançado QI 14, a antologia que inaugurou as antologias gaúchas de humor. E a munição, apenas uma dedicatória provocativa ao editor do Pasquim, o grande Jaguar. Um tiro e tanto: mereceu página do maior semanário de humor que este país já teve e a reação divertida do pai do Sig, que saudou a nossa inciativa cooperativada com a típica gozação de carioca. Este foi um dos tantos reconhecimentos que a graça dos pampas já recebeu. Muito bem documentado e arquivado pelo sr. escrivão e historiador Juska, que assim atestado e comprovado foi publicado aqui no Tinta China. O referido é verdade mas, em vez de fé, damos risada.
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bate-pronto EUGÊNIO NEVES
Quem aí já viu este cara
desocupado levante o dedo
Antes de ser o incansável secretário da Grafar, o Eugênio Neves é um artista gráfico que não descansa. Há mais de 35 anos se divide entre os mercados publicitário e editorial sem cair em divisão. A ambos entrega seu talento, pra cada área um tipo de profissionalismo, aos dois a mesma qualidade. A um, seu produto diferenciado pela experiência; ao outro, sua alma engajada por natureza. Consciente e eficiente como ele só, trabalho não falta para um dos melhores ilustradores da atualidade - de qualquer mercado, daqui ou lá fora. A convite do Tinta China, com vocês, o bico-de-pena mais detalhista do oeste e demais pontos cadeais: Eugênio Neves. Aprendam, crianças.
Tinta China – Como artista gráfico, qual a sua atividade principal?
Eugênio Neves – Trabalho como ilustrador, cartunista e chargista.
Tinta China – Qual a sua maior fonte de renda com sua arte?
Eugênio Neves – Ilustração e cartum.
Tinta China – Como você negocia os valores de seus frilas?
Eugênio Neves – Cobrando o melhor que eu posso.
Tinta China – Como é um dia típico de trabalho para você?
Eugênio Neves – Começo a trabalhar depois do meio-dia e praticamente amanheço.
Tinta China – Por onde você começa uma tarefa?
Eugênio Neves – Varia muito: pela pesquisa, pelo próprio desenho, depende do caso.
Tinta China – Quais ferramentas você utiliza e qual domina mais?
Eugênio Neves – Uso tudo: desde o bico-de-pena até o computador. Já desenhei até com palito de dente embebido em nanquim. Tem trabalhos que executo totalmente à mão, outros à mão e computador e outros só no computador.
Tinta China – Que condições você exige ou depende para criar?
Eugênio Neves – Qualquer lugar. Às vezes, andando de ônibus vou anotando as minhas idéias. Mas para desenhar, gosto de estar na minha mesa com o meu material na mão.
Tinta China – Como você lida com os prazos?
Eugênio Neves – A começar pela resposta a esta entrevista, é problemático. Sou um procrastinador.
Tinta China – Como você mantém os originais que produz?
Eugênio Neves – Sou um diligente burocrata. Guardo tudo em armários de aço, em pastas suspensas. E do material digital, sempre produzo mais de uma cópia por segurança, pois não confio na segurança dessas mídias.
Tinta China – Quais suas primeiras e atuais influências?
Eugênio Neves – Sempre me deixei influenciar por ilustradores, principalmente, os da Europa Oriental: Roland Topor, Eugene Miaescu, essa turma aí. Também gosto muito do Brad Holland.
Tinta China – Onde você busca informações para apoiar suas criações?
Eugênio Neves – Tudo é informação.
Tinta China – Você tem preferência por algum tipo de papel?
Eugênio Neves – Não, desenho sobre qualquer superfície, a não ser que eu precise me valer da textura do papel para produzir algum resultado no trabalho..
Tinta China – Quais macetes técnicos funcionam no seu trabalho?
Eugênio Neves – Aprendi muita técnica em agência de publicidade no pouco tempo em que passei por elas. Conheço um monte de truques.
Tinta China – Qual o seu maior conflito com o mercado?
Eugênio Neves – Fazer com que eles paguem aquilo que o trabalho vale.
Tinta China – Que dicas básicas você daria para um iniciante?
Eugênio Neves – Desenhe muito e nunca jogue fora o que produziu. Depois de um tempo, compare a produção do momento com aquilo que já fez. para constatar a evolução do seu trabalho.
Foto: Cláudia Cardoso
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sexta-feira, 31 de agosto de 2007
publicações TAPEJARA, O ÚLTIMO DOS GUASCAS
Paulo Louzada lança o primeiro livro
com as tiras do gaudério personagem
Por essa todos os fãs do Tapejara esperavam: um livro com as estrepolias reunidas desse cativante bagual. E que baita edição, tchê: 120 páginas, capa e miolo a quatro cores, formato loco de especial (só falta vir com fralda de brinde, pôs com certeza o vivente se mija de rir a cada página.) A obra demorô porque, segundo o Louzada, a cria tava sendo pilchada com calma esses anos, além da estratégia de marquétingue de fazer o público esperar até babar. Deu certo. Agora o autor já está selecionando as livrarias mais xucras do estado, que é pro Tapejara e sua cambada ficarem à vontade nas sessões de autógrafos. Em Porto Alegre, parece que vão disputar o privilégio a facão. Assim que souber quando e onde, a gente avisa a indiada pra espichar a fila. E já que falemo em aviso, anotem outro: domingo é dia da estréia do Tapejara aqui no Tinta China. Por essa todo mundo também esperava.
Serviço
Título: Tapejara, o ultimo guasca
Autor: Paulo Louzada
Quanto: poca cosa da guaiaca
Título: Tapejara, o ultimo guasca
Autor: Paulo Louzada
Editora: Pallotti
Páginas: 120Quanto: poca cosa da guaiaca
Postado por Grafar às 10:17 4 comentários
série do mês PRANCHETAS E CAVALETES
Rafael Sica (1980), cartunista, quadrinista e ilustrador gaúcho. Autor do blog Quadrinho Ordinário e colaborador de jornais e revistas nacionais, atualmente no Diário Gaúcho de Porto Alegre.
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quinta-feira, 30 de agosto de 2007
radicci IOTTI
Mais cedo ou mais tarde esta estréia no Tinta China ia acontecer: Radicci e família agora serão hóspedes semanais do blog! O Iotti sabe que eles estão em casa. Além do impagável colono, a Genoveva, o Guilhermino, o Nôno e a tia Carmella terão espaço de sobra pra se espalhar aqui com a cultura da colônia italiana. Sucesso além dos pampas desde 1983, Iotti produz a tira para vários jornais, revistas, livros, e o personagem já virou até ícone no mercado, peça teatral, enquanto outros projetos esperam na fila. E quinta-feira, no Tinta China, fica sendo o dia do riso colonial - no humor, como em tudo, quanto mais sotaques, melhor.
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clap, clap, clap JUSKA
Este cartum do senvergonho do Juska é um pouco antigo - do tempo em que não era preciso consultar dicionário pra saber o que é batina. Nasceu clássico - filho da iconoclastia e do humor negro do autor - e muito sucesso fez na ocasião, inclusive em antologias. Um cartum com a assinatura típica do guri Juska (fins dos anos 70): traço carregado, mancha "suja", ênfase caricata, porrada no alvo. Poder de síntese que vale (ainda) por mil denúncias de pedofilia cristã e outras taras na sacristia. Por tudo isso, o aplauso do Tinta China vai hoje para essa memorável peça da jocosa vertente juskaniana. De onde muito sarro ainda há de jorrar.
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salões de humor PIRACICABA SUSPENDE PRÊMIO
Por dúvidas quanto à originalidade,
1º lugar em cartum de 2007 é retirado
De vez em sempre, assim como na criação em geral, pinta um lance desses na área do humor: duas concepções idênticas a partir de um tema. Agora o empate de semelhanças ocorrido no 34o Salão Internacional de Piracicaba provocou efeito corretivo: o cartum vencedor de 2007, de Evaristo, teve seu prêmio (troféu e R$5000,00) suspenso pelo presidente do salão, Ricardo Viveiros, por suspeição de plágio. Tem muito a ver com com o cartum de Cau Gomez, do FIHQ 2006, em Pernambuco. A polêmica autoral não se encerra mas a ética já prevaleceu. É o tipo de julgamento sobre o fio da navalha: começa no pressuposto da honestidade do autor que criou depois mas bate na visibilidade prévia do primeiro. Como o debate continua, o Tinta China abre os comentários a todos os interessados.
Montagem: Brazilcartoon
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quarta-feira, 29 de agosto de 2007
série do mês PRANCHETAS E CAVALETES
Bosc (Jean-Maurice), 1924-1973, cartunista francês. Outro clássico do humor que diz tudo em silêncio (ao lado de André François, Chaval e Sempé). Em sua curta vida, um dos mais premiados cartunistas da Europa.
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terça-feira, 28 de agosto de 2007
salões de humor PREMIADOS DO 34º DE PIRACICABA
Salão tem recorde de inscrições,
prêmios maiores e mais exposições
Piracicaba está em estado de graça desde o último fim de semana: a 34a edição do Salão
Internacional de Humor revitalizou o mais tradicional concurso brasileiro. A partir de novidades na proposta, na valorização da premiação e nas atrações, o evento se reafirma. Além das quatro categorias básicas, agora foi intruzida a de Vanguarda, que destaca trabalhos com suportes e técnicas diferenciadas, que significa abertura plástica. Afora os cinco principais premiados, foi instituído o Troféu Zélio de Ouro, que passa a consagrar um grande vencedor a cada edição.
E o reconhecimento ao talento foi majorado: R$5.000,00 aos primeiros lugares e mais R$10.000,00 pro grande prêmio (e há mais 8 menções e um prêmio municipal). A festa do humor também ficou maior: oito exposições e instalações de humor e artes gráficas, lançamentos de livros e shows. Zélio é o homenageado, com uma retrospectiva pelos 50 anos de atividade. Resultado das inovações em números: 1703 trabalhos inscritos, 273 selecionados, participantes de 45 países. Esse salto pode ser medido pela seleção abaixo, na qual não podia faltar alguém na defesa das cores da Grafar.
Para todos estes e outros vitoriosos, o clap, clap, clap do Tinta China.
1º Lugar Caricatura: Raimundo, Rio de Janeiro, RJ, que com este trabalho sobre Oscar Niemeyer acumulou também o grande prêmio, pela primeira vez concedido.
1º Lugar Cartum: Evaristo (Mineiros do Tietê/ SP)
Up-date: Cartum desclassificado. Maiores informações aqui.
Up-date: Cartum desclassificado. Maiores informações aqui.
1º Lugar Charge: Jean (São José dos Campos/SP)
1º Lugar Tiras: Gómez (Brasília/DF)
1º Lugar Vanguarda: Lucas (Piracicaba/SP)
Menção Honrosa Vanguarda: Moa (Porto Alegre/RS)
Maiores informações, aqui.
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