bate-pronto RAFAEL
Todo artista gráfico tem
que ir aonde o job está
Quem vê a tranquilidade do criador de Artur, o arteiro e das Sapatiras - atrações aqui no blog - nem imagina o azougue profissional que é o Rafael Corrêa. Além de cartunista e quadrinista, os talentos desse rosariense-do-sul da safra de 76, se espalham pelas áreas do design e da publicidade, a partir das suas múltiplas funções criativas na Catarse - Coletivo de Comunicação. Como a expressão "ganhar a vida" subentende cada vez menos ganhos, Rafael se empenha em qualificar suas criações, em otimizar (argh!) sua produtividade. E pra compensar os jobs da sobrevivência, se atira à tarefas de graça: participa de exposições de humor (como Davos, tô Fórum), lança seus livros, bola novos projetos e ainda arranja tempo para colaborar com o Tinta China. Enfim, um grafariano que soube encontrar na diversificação das atividades a bóia da salvação nisso que ainda chamam de mercado. Ouçam, guris:
Tinta China – Como artista gráfico, qual a sua atividade principal?
Rafael – Diagramação, criação de folders, cartazes e logomarcas.
Tinta China – Como você negocia os valores de seus frilas?
Rafael – Tento seguir uma tabela de preços, mas na maioria das vezes preciso dar um descontinho para não perder o trabalho.
Tinta China – Como é um dia típico de trabalho para você?
Rafael – De manhã trabalho com desenho, de tarde trabalho no computador até a noite, mas dependendo do serviço essa rotina vai pro beleléu.
Tinta China – Por onde você começa uma tarefa?
Rafael – O ideal é conversar bastante com o cliente e fazer um briefing detalhado para não perder tempo.
Tinta China – Quais ferramentas você utiliza e qual domina mais?
Rafael – Para o desenho basicamente caneta nanquin descartável, no computador corel e photoshop.
Tinta China – Que condições você exige ou depende para criar?
Rafael – Um ambiente tranqüilo onde não se escute um alarme de carro tocando.
Tinta China – Como você lida com os prazos?
Rafael – Faço o mais rápido possível, mas isso não é o ideal, o bom é entregar no prazo estipulado.
Tinta China – Como você mantém os originais que produz?
Rafael – Em pastas e cd's, também criei um e-mail para armazenar os desenhos, assim tenho acesso a eles onde estiver.
Tinta China – Quais suas primeiras e atuais influências?
Rafael – A minha primeira influência foi meu pai, não pelo desenho, mas pelo senso de humor. Nos quadrinhos Bill Watterson e Laerte sempre.
Tinta China – Onde você busca informações para apoiar suas criações?
Rafael – Num baú cheio de gibis, em livros, em filmes e na internet.
Tinta China – Você tem preferência por algum tipo de papel?
Rafael – Não ouso muito, uso sempre sulfite 75g.
Tinta China – Quais macetes técnicos funcionam no seu trabalho?
Rafael – Trabalho direto com mesa de luz. Facilita muito.
Tinta China – Qual o seu maior conflito com o mercado?
Rafael – Conseguir publicar.
Tinta China – Que dicas básicas você daria para um iniciante?
Rafael – Desenhar sempre, ler de tudo e buscar conhecimento com os mestres. Nesse sentido meu ingresso na Grafar foi fundamental para a minha carreira.
Foto: Tatiana Schostack
3 comentários:
Ué, o pseudônimo do Rafa é "Eugênio Neves"?
Edgar
E o índio ainda é canhoto!
Mas é bonito, hein? Além de talentoso e batalhador, claro!
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