sábado, 7 de julho de 2007

bate-pronto HALS

Hals entrega o jogo
mas segura o ouro.



Sua identidade secreta é identificável: funcionário técnico-administrativo da URFGS. Porém a parte mais saliente do currículo é a presidência da Grafar. Armado de sua insubstituível Lamy – se for, será por outra – Hals dispara traços contra qualquer alvo sentado à sua frente. Em entrevista exclusiva para o Tinta China, Hals revela quanto cálcio há nos ossos do seu ofício. Daí tão esbelto esqueleto.

Tinta China – Como artista gráfico, qual a tua atividade principal?
Hals – Atualmente é como ilustrador de uma revista infantil e cartilhas.

Tinta China – Qual a sua maior fonte de renda com sua arte?
Hals – Atualmente a arte não tem rendido muito não. Não rende mas satisfaz.

Tinta China – Como você negocia o valor de seus frilas?
Hals – Me baseio em tabelas de custos, mas tudo vai depender do tipo de desenho.

Tinta China – Como é um dia típico de trabalho para você?
Hals – Geralmente a jornada é dupla. Tenho o meu trabalho na UFRGS e, depois disso, continuo em casa, desenhando.

Tinta China – Por onde você começa uma tarefa?
Hals – Geralmente eu começo matutando sobre o assunto. Mas no geral é pegar a folha de papela e esboçar até sair aquilo que considero ideal.

Tinta China – Quais ferramentas você utiliza e qual domina mais?
Hals – Lápis, canetas diversas, bico de pena e vários programas como Corel, Photoshop e Painte.

Tinta China – Que condições você exige ou depende para criar?
Hals – Um mínimo de organização na minha mesa, o material todo a mão e algum som ambiente.

Tinta China – Como você lida com os prazos?
Hals – Geralmente muito mal. É no último momento que eu começo e me desespero.

Tinta China – Como você mantém os originais que produz?
Hals – Tento organizar, da melhor maneira possível os meus trabalhos em pastas e em CDs.

Tinta China – Quais suas primeiras e atuais influências gráficas?
Hals – Bah. Isso é complicado porque são muitas. Mas vamos ao panteão de feras do traço: Edgar Vasques, Moa, J. Carlos, Moebuis, Frank Frazetta, Carlos Nine, Peter de Sève, Fabio Zimbres.

Tinta China – Onde você busca informações para apoiar sua criação?
Hals – Ultimamente a internet é a última palavra em repositório de imagens.

Tinta China – Você tem preferência por algum tipo de papel?
Hals – Isso depende do tipo de trabalho, ou melhor, da técnica a ser utilizada.

Tinta China – Quais macetes técnicos funcionam no seu trabalho?
Hals – Atualmente os macetes ficam mais restritos ao macetes dos softwares gráficos.

Tinta China – Qual o seu maior conflito com o mercado?
Hals – É tentar trabalhar de acordo com os meus princípios. Tentar trabalhar sempre com clientes que tenham uma postura ética perante o mercado e a sociedade.

Tinta China – Que dicas básicas você daria para um iniciante?
Hals – Pare, olhe e desenhe!

Foto: Claudia Cardoso

2 comentários:

Claudinha disse...

Só um detalhe: a foto é minha! Já que não sei desenhar e não estarei na galeria da fama da GRAFAR, quero, pelo menos, este crédito.
Claudia, morrendo de inveja, porque não sabe desenhar!

Claudinha disse...

Agora vi que meu nome tava nos créditos. Putz, vcs colocaram depois que eu falei, ou já estava aí e não li???
Qualquer coisa, mil desculpas e vamos que vamos, que o blog será uma beleza!!!