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sábado, 10 de outubro de 2009
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
ilustração GILMAR FRAGA
Título: Muitos carros neste mundo!
Técnica: Bico-de-pena e computador
Veículo: Zero Hora
Local: Porto Alegre
Técnica: Bico-de-pena e computador
Veículo: Zero Hora
Local: Porto Alegre
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série do mês CIENTISTAS
(Antonio) César Marchesini (1950). Cartunista, ilustrador e publicitário paranaense. Publicou em vários jornais do Paraná, sobretudo na Folha de Londrina. Atualmente é colaborador do blog curitibano Solda Cáustico, e prepara um livro de cartuns, a ser lançado em 2010.
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009
mídia HUMOR PREMIADO CIRCULA NO RS
A segunda edição da revista
Bem Me Quer traz Rodrigo Rosa
A edição flip da publicação pode ser folheada aqui.
E o Humor Premiado do Moa, edição #1, você vê aqui.
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quarta-feira, 7 de outubro de 2009
quadrinhos GUAZZELLI
Renato Canini – Um Escorço Biográfico,
é tese de mestrado feita por um discípulo
Conheci o Canini nos meus improváveis 19 anos (ocasião de reuniões de desenhistas, na era pré-Grafar). Como dizem os argentinos, en aquel entonces eu vivia o apogeu da minha inconsequência juvenil. E o Canini, no seu raro perfil de desenhista ajuizado, manifestou algumas vezes preocupação com meus caminhos. Não é que o mundo dá voltas? Cansei de desatinar por aí e quando decidi retomar a vida acadêmica foi justamente o Canini que escolhi para dissertar. Acontece que o tempo ensina e percebi que o principal objetivo da minha atuação como pesquisador seria trazer mais luz para nossos grandes autores. Participo das reuniões de um Núcleo de Pesquisas em Quadrinhos da USP, coordenado pelo meu orientador, o prof. dr. Waldomiro Vergueiro. E foi lá que relembrei das peripécias da CETPA, a dita Cooperativa de Desenhos de Porto Alegre, percebendo também como o conhecimento sobre quadrinhos no Brasil, além de incipiente, enfrenta grandes barreiras regionais (talvez pelo imenso tamanho do país). Mas hoje isso não se justifica mais e essa foi uma outra importante motivação, acredito que está na hora de aproveitarmos as novas tecnologias para ampliar o conhecimento sobre nossa história. E vendo as tiras do Zé Candango ficou claro que o Canini já na sua estréia como quadrinista anunciava toda sua genialidade ao aliar síntese gráfica com uma narrativa superdinâmica. E mais, olhando com cuidado, dava pra ver ali as sementes do seu Zé Carioca antológico. Daí em diante foi uma sucessão de sustos (dos bons!). Eu descobri que Canini, além de “nacionalizar” o papagaio (afinal tinha sua origem numa ação de relações públicas dos ianques), tinha ido mais além, ao cometer a suprema ousadia de assinar em plena linha de montagem Disney - sabão Canini, arroz Canini. Depois de três anos de muito trabalho, além de confirmar a óbvia genialidade desse artista, descobri algo mais: o titulo acadêmico é meu, mas o mestre sem dúvida alguma é esse senhor que sob o manto de uma vida tranquila e atitudes serenas foi um lutador radical pelos direitos de autor, inaugurando (para mim) uma figura notável: o rebelde tranquilo. (Guazzelli)
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publicações PENÁPOLIS
Máucio lança livro de cartuns
onde a vida soa em cacarejos
Em Santa Maria, reza a lenda que ninguém nunca viu o Máucio sem fazer nada. Professor de design na UFSM, cartunista, editor e agitador cultural, ele sempre apronta muitas. Daí o festival Cartucho, que já vai pra 6ª edição em novembro, daí seus 3 livros de poesia, as tantas publicações com sua iniciativa ou colaboração. O bom é que nada dessa trabalheira impede, no seu dia de 36 horas, que ele se dedique ao cartunismo, onde pratica exercícios de humor em várias formas e linguagens. Daí sua mais recente produção independente, o livro Penápolis, o mundo segundo as galinhas. Segundo o autor, é uma coletânea de desenhos elaborados ao longo de 10 anos, antes em revistas p&b e agora em nanquim, grafite e lápis de cor. Na opinião do Tinta China, é um ovo de colombo: um modo engraçado de fazer fábulas, numa imagem só. Nelas, o Máucio se ocupa da humanidade sem nenhuma, digamos, pena. E toda essa graça galinácea vem cercada de elogios (orelhas e contracapa) do Canini e do Byrata, do psicanalista Abrão Slavutzky e do jornalista Marcelo Canellas. É óbvio, pelo riso imperdível, que não vamos deixar de entrar nesse galinheiro e apanhar algumas aves pra empoleirar aqui no blog, vez em quando. Pra quem prefere cantar de galo e não rir por último, melhor consultar o serviço e levar logo essas divertidas penosas pra casa.
Serviço:
Título: Penápolis
Autor: Máucio
Páginas, formato: 60, 15cm X 15cm
Impressão, papel: 4 cores, couché 170
Quanto: R$25,00
Onde: Livraria Bamboletras (POA)
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série do mês CIENTISTAS
Sidney Harris (1935), cartunista americano. É especialista em cartuns sobre ciências, que produz desde 1955. Colabora com inúmeros jornais e revistas científicos. Publicou uma dúzia de coletâneas de humor e foi váriasvezes premiado por sociedades científicas.
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terça-feira, 6 de outubro de 2009
evento MUNDO CANINI
Canini é o homenageado do 6º FIQBH,
Festival Internacional de Quadrinhos
Aos 73 anos, as flores em vida: é a maior homenagem ao Canini. Ele e sua Lourdes estarão lá, com o melhor cicerone possível, o Lancast (o Rodrigo Rosa se adiantou para a montagem da retrospectiva). Duplo prazer: do artista, enfim reconhecido nacionalmente; do público, que conhecerá sua trajetória duma só vez. Tá tudo lá, otimamente apresentado: 11 paineis temáticos que ressaltam a maestria do homenageado. A Linha do Tempo – mais de 50 anos de criatividade e produtividade – daria pra dividir entre 3 ou 4 artistas e todos teriam que dar um duro danado para preenchê-la. Além dessas imagens, há vitrines com publicações por onde ele espalhou sua arte memorável. Uma reúne parte dos 50 livros infanto-juvenis em parceria com Mary Weiss; outra junta seu mais recente livro solo, Um Quadrado Pode Ser Redondo e um dos mais antigos, onde ilustra Erico Verissimo. Outra exibe seus livros de humor, Cadê a Graça que Tava Aqui e Dr. Fraud (ambos esgotados, pedindo reedição). Ao lado, coletâneas que participou: QI 14, Tubarão II, Antologia Brasileira, ...E o Bento Levou, Separatismo: Corta Essa e Humor Verde. Outras vitrines mostram as revistas que fizeram o Brasil rir à custa do traço dele: Crás, Pancada, Patota, mais o destaque na ilustre carreira, a revista Recreio. E não custa lembrar homenagens anteriores: Prêmio Ângelo Agostini e o título de Mestre, em 2000; Troféu HQMIX com o título de Grande Mestre, em 2002; título de Cidadão Pelotense pela Câmara de Vereadores de Pelotas, em 2005; escolhido por voto popular como um dos Mestres Disney, e publicado na edição #5 da série dedicada aos grandes desenhistas internacionais, pela Abril, em 2005; Patrono da Feira do Livro Praia do Cassino, em Rio Grande, RS, em 2008. E foi alvo da tese de mestrado em HQ do admirável Guazzelli (o blog irá publicar em série, aguardem). Sábado, Canini ganhou perfil de página inteira no jornal O Globo. Quer dizer, o mais produtivo colaborador do Tinta China – 5 seções semanais! – fez por merecer. E da parte da Grafar, a homenagem não é pequena: são 72 corações que pulsam mais forte com a sua influência. Clap, clap, clap!
MUNDO CANINI
Se este fosse um mundo perfeito o Canini teria um museu, ali, bem ao lado dos museus dedicados ao J. Carlos e o Luís Sá que também não existem o que mostra o quanto estamos longe de viver num mundo perfeito. Assim como os dois outros que não tem um museu, Canini criou uma imagem de Brasil que está em nossa imaginação e que nos permite, por comparação, perceber o quanto esse mundo não é perfeito. O Canini tem sido lido por crianças de todas as idades e tem nos acompanhado quando vamos avançando na idade. É daqueles artistas que conseguiram contaminar a realidade que retratam com seu próprio trabalho, suas soluções gráficas, por sintéticas e claras, acabam por nos ajudar a olhar as coisas e passam a ser uma das maneiras com que enxergamos o mundo. E várias gerações, sejam desenhistas ou não, tem aprendido a ver com o Canini. O que acontece com esse tipo de artista é que eles se misturam com a paisagem, terminamos por esquecer quem foi que criou essa maneira de ver, parece que é nossa, é a verdadeira obra prêt-à-porter. Não se trata aqui de um retrato fiel do mundo, é um retrato interferido, que fique bem claro. Tem tanto de realidade quanto de sonho, idealismo e uma vontade gentil de transformar. Tem tanto de ideal e real a favela do Zé Carioca quanto o pampa que ele retrata semanalmente no blog Tinta China. Nas duas paisagens se misturam nostalgia e dignidade, a simplicidade do casebre e a certeza da figueira. Características que são do mundo que Canini vê e do próprio Canini que não negou ao mundo o que ele pode ter de bom. Isso e seu desenho cristalino são motivos suficientes para nos sentirmos sortudos por ser o Canini um dos mestres que nos criou. E nos obriga a reconhecer que sem o Canini o Brasil seria outro. (Fabio Zimbres)
"Canini é uma das três ou quatro fontes originais do desenho contemporâneo no Brasil. Nela têm bebido seu trago de nanquim inúmeros cartunistas das gerações seguintes. Canini cria e procria". (Edgar Vasques)
“A parcela mais admirável da minha admiração pelo Canini é a seguinte: depois dele, parei de achar que os cartunistas europeus eram superiores no humor. Isso desde os fins dos anos 50, até hoje. Isso sem falar no admirador que sou do ser humano que ele é.“ (Fraga)
”No início dos anos 70, houve dois tipos de infância: infância com Recreio e infância sem Recreio. Cada página era uma explosão de cor e riso, um maravilhamento que toda criança devia ter. E no fim de cada narrativa, ali, bem no cantinho, em letra de forma: desenho de Renato Canini. Eu ria e continuo rindo, sempre a seguir a linha do Mestre!” (Lancast)
“O Canini deve ser a pessoa mais pura que eu conheço. Pura no sentido de afável e sem maldade, não de ingenuidade. Seus cartuns são simples mas são mais sutis do que ingênuos. Meu favorito: uma jovem pastora cuidando de um rebanho de ovelhas. Todas as ovelhas são brancas, menos uma, que é negra. E é a que está espiando por baixo da saia da pastora. Grande Canini.” (Luis Fernando Veríssimo)
“Muitos artistas, passados longos anos de carreira, cansam: acomodam-se em suas fórmulas. O Canini, não! No auge de seus 73 anos, segue experimentando, desenhando com a liberdade e a audácia de menino. E o faz assim, sem esforço, despretensiosamente superando a própria maestria. Ele é a prova viva do mais belo estágio que um artista pode chegar.” (Rodrigo Rosa)
”Eu tinha uns 10 anos quando vi uma caricatura do Pelé na revista Cacique e fiquei encantado com a simplicidade daquela linha que corria com grande espontaneidade do contorno do rosto para o nariz e daí para a boca e depois se retorcia infinitamente formando o crespo do cabelo. Nem sei se o Pelé merecia aquele autêntico Canini!” (Santiago)
Serviço:
O que: 6º Festival Internacional de Quadrinhos
Onde: Palácio das Artes e Parque
Municipal Belo Horizonte
Quando: de 6 a 12/10
Programação: clique aqui
Curadoria do Mundo Canini:
Fraga, Lancast e Rodrigo Rosa (pesquisa, seleção, edição e arte)
Assistente: Marcel Trindade (digitalização e tratamento de imagens)
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