sábado, 1 de setembro de 2007

bate-pronto EUGÊNIO NEVES

Quem aí já viu este cara
desocupado levante o dedo



Antes de ser o incansável secretário da Grafar, o Eugênio Neves é um artista gráfico que não descansa. Há mais de 35 anos se divide entre os mercados publicitário e editorial sem cair em divisão. A ambos entrega seu talento, pra cada área um tipo de profissionalismo, aos dois a mesma qualidade. A um, seu produto diferenciado pela experiência; ao outro, sua alma engajada por natureza. Consciente e eficiente como ele só, trabalho não falta para um dos melhores ilustradores da atualidade - de qualquer mercado, daqui ou lá fora. A convite do Tinta China, com vocês, o bico-de-pena mais detalhista do oeste e demais pontos cadeais: Eugênio Neves. Aprendam, crianças.

Tinta China – Como artista gráfico, qual a sua atividade principal?
Eugênio Neves – Trabalho como ilustrador, cartunista e chargista.

Tinta China – Qual a sua maior fonte de renda com sua arte?
Eugênio Neves – Ilustração e cartum.

Tinta China – Como você negocia os valores de seus frilas?
Eugênio Neves – Cobrando o melhor que eu posso.

Tinta China – Como é um dia típico de trabalho para você?
Eugênio Neves – Começo a trabalhar depois do meio-dia e praticamente amanheço.

Tinta China – Por onde você começa uma tarefa?
Eugênio Neves – Varia muito: pela pesquisa, pelo próprio desenho, depende do caso.

Tinta China – Quais ferramentas você utiliza e qual domina mais?
Eugênio Neves – Uso tudo: desde o bico-de-pena até o computador. Já desenhei até com palito de dente embebido em nanquim. Tem trabalhos que executo totalmente à mão, outros à mão e computador e outros só no computador.

Tinta China – Que condições você exige ou depende para criar?
Eugênio Neves – Qualquer lugar. Às vezes, andando de ônibus vou anotando as minhas idéias. Mas para desenhar, gosto de estar na minha mesa com o meu material na mão.

Tinta China – Como você lida com os prazos?
Eugênio Neves – A começar pela resposta a esta entrevista, é problemático. Sou um procrastinador.

Tinta China – Como você mantém os originais que produz?
Eugênio Neves – Sou um diligente burocrata. Guardo tudo em armários de aço, em pastas suspensas. E do material digital, sempre produzo mais de uma cópia por segurança, pois não confio na segurança dessas mídias.

Tinta China – Quais suas primeiras e atuais influências?
Eugênio Neves – Sempre me deixei influenciar por ilustradores, principalmente, os da Europa Oriental: Roland Topor, Eugene Miaescu, essa turma aí. Também gosto muito do Brad Holland.

Tinta China – Onde você busca informações para apoiar suas criações?
Eugênio Neves – Tudo é informação.

Tinta China – Você tem preferência por algum tipo de papel?
Eugênio Neves – Não, desenho sobre qualquer superfície, a não ser que eu precise me valer da textura do papel para produzir algum resultado no trabalho..

Tinta China – Quais macetes técnicos funcionam no seu trabalho?
Eugênio Neves – Aprendi muita técnica em agência de publicidade no pouco tempo em que passei por elas. Conheço um monte de truques.

Tinta China – Qual o seu maior conflito com o mercado?
Eugênio Neves – Fazer com que eles paguem aquilo que o trabalho vale.

Tinta China – Que dicas básicas você daria para um iniciante?
Eugênio Neves – Desenhe muito e nunca jogue fora o que produziu. Depois de um tempo, compare a produção do momento com aquilo que já fez. para constatar a evolução do seu trabalho.

Foto: Cláudia Cardoso

3 comentários:

Rafael Corrêa disse...

Dá-lhe, Eugênio! Grafista talentosíssimo, profissional exemplar. Sou fã.

Anônimo disse...

Nófa!!!
Como o Evgeny tá gato nesse instantâneo!!!!
Batata Pimentão

Claudinha disse...

Evgeny??? Baita anônimo, Santiago!!! ahahahahahahahahah...