salões de humor GREEKARTOON
Moa se encanta com a Grécia
mas deixa o país em ruínas
Moa e os campeões do mundo em humor.
O Salão. Esta é a segunda edição do Greekartoon, um salão que oferece ótimos prêmios, além da suprema generosidade de convidar os três primeiros lugares e os agraciados com as menções honrosas para a cerimônia de premiação, em Atenas, com todas as despesas de transporte e acomodações pagas. O evento contou com a presença do Ministro da Cultura, Michael Liapis, e do chargista israelense naturalizado americano Ranan R. Lurie, presidente da comissão julgadora neste ano, entre outros. Apesar do pouco tempo de existência, o Greekartoon já sofre com dissidências e boicotes. Nenhum desenhista grego participou do concurso e nem deu as caras na festa de abertura, em solidariedade a um colega que, por conta de um desenho seu excessivamente crítico com um ministro de estado, teria sido censurado e excluído de uma publicação dedicada a caricaturistas locais. Ao que parece, o boicote teve o apoio de toda a classe jornalística, pois, segundo relatos, nenhuma linha foi publicada sobre o evento.
A Babel. Com representantes de Luxemburgo, Bélgica, itália, Rússia, Romênia, Cuba, México, Grã-Bretanha, Grécia e Jardim Botânico, a lingua inglesa foi a mais massacrada naqueles poucos dias do outono helênico. Confesso especial orgulho por minha poliglota esposa, que se fez entender em francês, espanhol, inglês, além de uma ou duas palavrinhas em ídiche, só pra se exibir. Mas eu só consegui dizer obrigado, bom dia, boa tarde em grego. E fluentemente, tá pensando o quê!
Moa e Mone na sombra e água fresca gregas.
A Grécia. Depois dos três primeiros dias no Titãnia, hotelão oferecido pela organização do Greekartoon, nos mudamos para o Carolina Hotel, de acomodações simplinhas mas estrategicamente situado no meio do bairro Plaka, que é a parte bacana da cidade, turisticamente falando. Então partimos para a nossa missão de conhecer e nos encantar com a Grécia, que é por natureza e por ancestralidade perturbadoramente fotogênica, musical e saborosa. Não teríamos conseguido tanto se não tivéssemos sido adotados pelo jornalista grego Aris Malandrakis e sua esposa Vana, que nos levaram quase todos os dias para algum boteco, taverna ou para algum pátio de uma casa escondida no pé da Acrópolis, só pra nos mostrar um ponto de vista diferente de Atenas.
A greve. Os gregos estavam mesmos dispostos a nos mostrar didaticamente como é que se vive a tal democracia que eles inventaram. No antepenúltimo dia em solo helênico, presenciamos a paralização de todos os jornalistas do país para protestar contra uma sacanagem oficial que estavam armando nas aposentadorias da classe. Resultado: um dia sem jornais em toda a Grécia. Se fosse jornalista grego eu não perderia a chance de entrar na sala das rotativas para gritar "Parem as Máquinas!!" (Moa)
Sketch de Moa da Meteora, atração rochosa do país.
3 comentários:
Um cenário macroscópico em realização microscópica: Moa, sei lá como se diz monumental em grego, mas tá dito.
Dá-lhe, Moa! E viva o Jardim Botânico.
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