sábado, 18 de agosto de 2007

bate-pronto ROBERTO SILVA

Profissionalismo que manda jobs,
briefings e follow-ups pra pqp!



Onde estiver um Roberto Silva, tem vários. Desde a era pré-PC, ele já trazia uma work station embutida: desenhista, cartunista, ilustrador, fotógrafo, designer, capista, editor... desculpem resumir o currículo. Seu convívio com o mercado se traduz por frilas, que na linguagem robertiana quer dizer o sossego da autonomia. Como um outsider cultural, o portfólio de Roberto Silva se dispersa por lugares, épocas e projetos que vão de Lisboa (parceiro do escritor Josué Guimarães no provocativo jornal Chaimite, em 1976) a POA do Coojornal e a João Pessoa, PB, seu atual balcão criativo. Com vocês, esse deus shiva das artes gráficas:

Tinta China – Como artista gráfico, qual a sua atividade principal?
Roberto Silva – Capas de livros, sempre que possível.

Tinta China – Qual a sua maior fonte de renda com sua arte?
Roberto Silva – Ultimamente, folders, cartazes.

Tinta China – Como você negocia os valores de seus frilas?
Roberto Silva – Olhando pra cara do freguês é dizendo: "é tanto"

Tinta China – Como é um dia típico de trabalho para você?
Roberto Silva – Água-de-coco, pra dar jeito na ressaca. Depois, é igual a todo o mundo

Tinta China – Por onde você começa uma tarefa?
Roberto Silva – A tarefa é que começa comigo.

Tinta China – Quais ferramentas você utiliza e qual domina mais?
Roberto Silva – Profunda paixão por computador, desde 1985. Nem tinha PC, ainda. Mas, não dispenso uma canetinha japonesa.

Tinta China – Que condições você exige ou depende para criar?
Roberto Silva – Não trabalho pra gente de quem não gosto. Péssimo profissional, eu.

Tinta China – Como você lida com os prazos?
Roberto Silva – Os prazos é que dão um jeito em mim.

Tinta China – Como você mantém os originais que produz?
Roberto Silva – CDs e gavetas.

Tinta China – Quais suas primeiras e atuais influências?
Roberto Silva – Me criei no Uruguay, foi Patoruzito, argentino, de Tulio Lovato.

Tinta China – Onde você busca informações para apoiar suas criações?
Roberto Silva – Não gosto de conhecer "excessivamente" um tema que abordo. Prefiro ignorar e ser mais espontâneo.

Tinta China – Você tem preferência por algum tipo de papel?
Roberto Silva – Guardanapos de boteco, ultimamente.

Tinta China – Quais macetes técnicos funcionam no seu trabalho?
Roberto Silva – Nenhum em especial, que me lembre, fora tentar ser honesto.

Tinta China – Qual o seu maior conflito com o mercado?
Roberto Silva – Concorrer com clip-art e amadores.

Tinta China – que dicas básicas você daria para um iniciante?
Roberto Silva – Sejam bem-vindos e se virem.

Foto: Val Araujo

5 comentários:

Anônimo disse...

AH AH AH
Dá-lhe seu Roberto
Dukaralho essa entrevista

Anônimo disse...

Quando se fala em produção espalhada pelo mundo, isso quer dizer que ela está REALMENTE espalhada, por lugares em que ele nem saiba onde estão...

Anônimo disse...

Boa insinuação, Eugênio. A forma mais utilizada de arquivo chama-se bagunça, hehehe.

lucia disse...

Roberto silva q saudades

Anônimo disse...

Será que é a querida Lúcia encantadora que namoramos? SAUDADE!